Carnaval
Por um tempo me limitavam a fantasias de índios
Na lembrança analógica e opaca, pulo entre havaianas,
Me via desconhecida de mim
Conheci os bailes com espuma e marchinhas infinitas
Vesti coelhinha, gatinha e diabinha
Noites e madrugadas, era o que tinha
Vezes ou outra se resumia a feriados
De quatro ou cinco dias de monotonia
Ou, simplesmente, variação de alegria
Hoje a vida expande nas cores mais diversas
Amanhece, há o nascer do sol para vibrar,
O amarelo intenso ao longo do dia
Nas ruas em linhas retas e
Nas ladeiras estreitas e íngremes
Com suor, são tantos os personagens nesse mar azul
O coração ressoa no tambor da orquestra
Se o som tivesse cor seria vermelho
Pois toma conta do corpo inteiro
Fazem todos pularem de graça e contentes
No prazer vigente
Que amanhã, o carnaval
Jamais seja ausente
Engatinhe nos corações inocentes
Matize com a vida da gente!
Yumie Okuyama
Escrito em 24/12/25 - Pré carnaval de 2025
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